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Uniformes

 

A enfermeira na foto à esquerda, Idália de Araújo Porto Alegre, traja o uniforme da Enfermeira Voluntária, considerada também como Dama da Cruz Vermelha ou Enfermeira Voluntária. A da direita representa o uniforme da Enfermeira profissional.

 

Observa-se o traje de enfermeiras na cor clara, com o símbolo da instituição. A indumentária comportava: vestido de gola alta, comprimento na altura dos joelhos e mangas compridas; véu; meias e sapatos. Nesse uniforme, o símbolo da cruz (marca simbólica da instituição) foi ostentado na altura do tórax e no véu.

 

A representação do símbolo da cruz vermelha foi inspirada nas cores invertidas do pavilhão suíço e a cruz branca sobre o fundo vermelho em homenagem à Suíça, país de origem de Henry Dunant, idealizador do Movimento de Cruz Vermelha.

 

A cruz vermelha associada à enfermagem teve sua origem em uma convenção realizada em Genebra, Suíça, em 1863. Estipulou-se, após a criação do emblema da Cruz Vermelha, que ele também garantiria acesso livre e isenção de ataque de qualquer grupo que tivesse aderido ao tratado.

 

No Brasil o símbolo da Cruz Vermelha (regulamentado pelo Decreto nº 2.380/1910) representou também uma forma simbólica de comunicação visual, um instrumento de integração social, através do consenso pela prática da caridade e do bem pela instituição.

 

O véu foi outro elemento simbólico adotado como atributo pessoal no uniforme das enfermeiras da Cruz Vermelha Internacional. Esse atributo pessoal foi usado como complemento do traje das mulheres turcas, húngaras e árabes como tradição desde a Idade Média.  No Brasil, tinha uma distinção religiosa, por transmitir sentido de moral, requisito para a formação da enfermeira em consonância com a religião.

 

O véu utilizado pelas enfermeiras da CVB dava visibilidade ao símbolo da instituição, divulgando a caridade e o bem através da imagem da enfermeira.

 

 

Primeiras Enfermeiras profissionais diplomadas (1917)

 

Primeira turma de enfermeiras profissionais diplomadas, em  solenidade no dia 3 de maio de 1917, por ocasião da inauguração oficial da sede provisória da CVB, à rua Prefeito Barata, nº 75 [Hoje Ubaldino do Aramal]. Serviu de padroeira do edifício inaugurado a Sra. D. Hermínia Ottoni, esposa do sócio fundador Dr. Julio Ottoni.

 

Receberam os seus respectivos diplomas, braçais e título de identidade as seguintes senhoras: Maria Magalhães Ducasble, Dina de Oliveira Monteiro, Maria Magarão Rollemberg da Cruz, Alzira Girardot, Eva Endem, Penelope Olga Rivelli, Jandyra Condeixa de Azevedo, Irany Baggi de Araújo, sendo paraninfo da turma o Dr. Estellita Lins e a Oradora a senhorita Irany Baggi de Araújo.

Enfermeiras da Cruz Vermelha Brasileira

 

O objetivo desta exposição fotográfica é mostrar a evolução da Escola de Enfermagem, além de homenagear as primeiras Enfermeiras formadas pela Cruz Vermelha Brasileira e aquelas que se distinguiram  após sua formação, alcançando reconhecimento nacional e internacional.

 

Destacamos as ilustres figuras de Elza Cansação Medeiros e Virgínia Portocarreiro, ex-alunas que se alistaram na FEB para prestar serviços como enfermeiras durante a II Guerra Mundial, bem como da figura marcante na área de enfermagem e social da CVB de Irene de Miranda Cotegipe Milanez, segunda brasileira a ser condecorada com a medalha Florence Nightingale e ter sido considerada como a Enfermeira número 1 da CVB.

 

Bibliografia pesquisada:

PORTO, Fernando, e AMORIM, Wellington (Organizadores). História da Enfermagem Brasileira: Lutas, Ritos e Emblemas. Rio de Janeiro: Águia Dourada, 2007.

 

Enfermeiras da CVB em ação

 

 

Turma das Samaritanas de 1941/42

 

Quatro enfermeiras formadas na Escola de Enfermeiras da CVB (1942) foram incorporadas à FEB (Força Expedicionária Brasileira): Antonieta Ferreira (Enfermeira profissional), Carmem Bebiano, Elza Cansação Medeiros e Virgínia Portocarreiro (Samarinatas).

 

Preparação física das enfermeiras no Exército.

Formaturas 

 

Rito de Formatura

 

Inicialmente, o rito de formatura consistia em dois momentos ritualísticos: a imposição de braçal e o juramento. A imposição do braçal estava prevista no Regulamento da CVB, ‘o pessoal será igualmente obrigado a usar o braçal de neutralidade, instituído pelo Artigo 7º da Convenção de Genebra...’

 

O juramento das formandas era feito perante o símbolo da instituição, conforme fragmento a seguir: ‘Prometo ser fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência; não me servir de Enfermagem para corromper os costumes ou favorecer o crime; auxiliar os médicos em seus trabalhos com proficiência e lealdade; guardar fielmente o segredo profissional durante toda minha vida; dar o quanto de mim houver de esforço, abnegação e carinho para bem servir, amparar e assistir todos que, indistintamente, tem tempo de guerra ou paz, precisem da Cruz Vermelha.’

 

Passagem da Cruz

Anualmente a Escola de Enfermeiras da CVB, nos anos 40 e 50, por ocasião do encerramento do curso de enfermagem, realizava a tradicional solenidade da “Passagem da Cruz” que consistia na entrega de uma “cruz” artisticamente confeccionada com flores que uma aluna mais distinta do 3º ano entregava, como relíquia, a uma igualmente distinta do 2º ano. 

 

“Em 1924, o jornalista Escragnolle Doria descreveu o perfil de Ana Nery como: mulher brasileira, baiana, mãe de filhos atuantes na Guerra do Paraguai, que não deveria ser esquecida na frieza do mármore e sim aquecida por flores por ocasião da data de seu passamento, em 20 de maio. Assim, no ano seguinte, a Cruz Vermelha Brasileira fez a primeira visita ao túmulo da Anna Nery.”

 

Tradicionalmente a festa de entrega de diplomas e braçais às enfermeiras que se formavam pela Cruz Vermelha Brasileira era comemorada anualmente no mês de maio, em homenagem à Ana Nery e Florence Nightingale (12 e 20 de maio).

 

Irene de Miranda Cotegipe Milanez 

 

Ex-aluna da Escola de Enfermagem da CVB, chefiou a Seção Central da Enfermeira na CVB e coordenou campanhas em favor das vítimas da II Guerra Mundial. Foi Membro do Conselho Diretor de 1946 a 1966.

 

2ª Enfermeira brasileira a receber a medalha Florence Nightingale. Exerceu cargo na Diretoria da CVB em 1961 como Secretária. Foi nomeada Diretora da Escola de Enfermagem em 1963 e foi considerada pela Diretoria da CVB como a “Enfermeira nº 1 da Cruz Vermelha Brasileira”.

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Enfermeiras da CVB 

 

Hospital da CVB nos anos 50 e 60. Primeiras Enfermeiras formadas pela Escola de Enfermeiras da CVB ainda em atuação nos anos 50. Enfermeiras em ação e participando da homenagem ao Presidente Getúlio Vargas em 1953.

 

  Elza Cansação Medeiros  
  Virgínia Portocarrero  
  Denair Silveira Costa, sendo homenageada
pelos 25 anos como enfermeira da CVB, em 1955
 Gertrudes Schuller, sendo homenageada
pelos 25 anos como enfermeira da CVB, 1955

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