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A história da CRUZ VERMELHA BRASILEIRA se iniciou no ano de 1907, graças à ação do Médico Joaquim de Oliveira Botelho que desejou fundar no Brasil uma Sociedade de Cruz Vermelha. Em 17 de outubro daquele ano, em uma reunião da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, conseguiu que fossem lançadas as bases da organização da CRUZ VERMELHA BRASILEIRA e marcada uma reunião para a aclamação de sua Diretoria Provisória, o que se realizou em 31 de dezembro de 1907, sendo aclamados Presidente e Vice-Presidente da Diretoria Provisória o Sanitarista Oswaldo Cruz e o General Thaumaturgo de Azevedo, respectivamente. 

 

Durante meses, a Sociedade ficou estacionária, por achar-se ausente do país o seu ilustre Presidente, e mesmo depois de sua chegada, pelas múltiplas ocupações com a saúde publica que absorviam seu tempo. Solicitado por carta firmada pelos 1° e 2° Vice-Presidentes e Secretário Geral, para ativar o funcionamento da Sociedade, o Dr. Oswaldo Cruz declinou do honroso posto de Presidente, passando todas as suas atribuições ao 1° Vice Presidente, General Thaumaturgo de Azevedo.

 

Em memorável reunião realizada no Salão da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos. A data ficou consagrada como a de fundação da CRUZ VERMELHA BRASILEIRA (CVB) e foi eleito para presidi-la o General Dr. Thaumaturgo de Azevedo.

 

Reconhecimento

Para que a CVB passasse a ser membro do Movimento Internacional de Cruz Vermelha, cumpriu as exigências determinadas pelo Comitê Internacional de Cruz Vermelha (CICV), dentre elas foi reconhecida oficialmente pelo Governo brasileiro (Decreto nº 2.380, de 31/12/1910) como a única Sociedade que se organizou para os fins previstos nas Convenções de Genebra e autorizada a estender sua ação por todos os Estados, tornando-se possível que se fundassem Associações de Cruz Vermelha obedecendo a uma composição federativa, estabelecendo-se na capital federal um Órgão Central para coordenar os esforços de cada uma, numa relação semelhante a que existia entre as Sociedades Nacionais e o CICV, em Genebra.

 

A CVB foi reconhecida como Sociedade Nacional pelo CICV em 16 de março de 1912 e desde então faz parte do Movimento. Em consequência, o Governo brasileiro baixou o decreto n° 9.620, de 13 de junho de 1912, que declarou “de caráter nacional a Sociedade da Cruz Vermelha Brasileira, para poder funcionar no Brasil, e ser considerada de utilidade pública internacional e reconhecida por todas as nações cultas”. Em 23 de maio de 1919 passou a ser membro da Liga de Sociedades de Cruz Vermelha.

RESUMO HISTÓRICO DA CVB

FUNDAÇÃO E RECONHECIMENTO

A história da Escola de Enfermagem da CVB se confunde com a própria história da Enfermagem no Brasil. Foi a Grande Guerra (1914-1918) que contribuiu para despertar o interesse na população brasileira pela prestação de serviço voluntário. Um grupo de senhoras da sociedade carioca constituiu um comitê denominado “Damas da Cruz Vermelha Brasileira”, que foi reconhecido posterior e oficialmente como a SEÇÃO FEMININA DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA, que teria como objetivo prestar auxílio como enfermeiras voluntárias a feridos e doentes em tempo de guerra ou em caso de calamidade nacional.

 

Em 20 de outubro de 1914 iniciou-se o primeiro curso para formar o corpo de Enfermeiras Voluntárias. Em seguida foram criados um novo curso para Enfermeiras profissionais e a Escola Prática de Enfermeiras, na sede provisória da CVB, em 16 de março de 1916.

 

Fatos marcantes da Escola de Enfermagem:

 

  • Durante a Gripe Espanhola (1918), a Escola de Enfermagem, no Rio, foi transformada em isolamento e as enfermeiras se desdobravam nos diversos hospitais do Rio, nas Residências e nos Postos de Socorros em algumas Filiais.

 

  • Em 1920, ocorria a inauguração do primeiro curso de Enfermeiras visitadoras da CVB, pioneiro no país. O papel destas enfermeiras no Rio de Janeiro foi considerado fundamental para desenvolver a educação sanitária, bem como para a formação de um elo entre a família e o serviço de saúde.

 

  • Em 1940, passou a funcionar o curso de Assistência Social da Escola de Enfermagem da CVB.

 

  • Por Nota de 31/1/1940 o Ministro da Guerra regulou o registro de diplomas de Enfermeiras Profissionais e Samaritanas da CVB, conferindo a esses documentos o reconhecimento para o exercício da profissão em todo o território nacional.

 

  • Entre as formandas do curso de Samaritanas da CVB (1942), duas participaram da Segunda Guerra Mundial na Itália, como membros da Força Expedicionária Brasileira (FEB): Elza Cansanção Medeiros e Virgínia Maria de Niemeyer Portocarrero.

 

  • Por duas vezes alunas da CVB foram agraciadas com a Medalha Florence Nightingale, a mais alta distinção internacional dada a um enfermeiro ou auxiliar de enfermagem. Sra. Idalia de Araújo Porto Alegre (1927) e a Enfermeira Irene de Miranda Contegipe Milanez (1948).

 

  • A Escola de Enfermagem da CVB continuou com destacada atuação na área da educação de enfermagem nas décadas seguintes, com uma média anual de 1.500 alunos matriculados. Em consequência de uma crise institucional, que atingiu a Entidade, a Escola encerrou suas atividades no ano 2000. Em 2009 foi reaberta e é administrada pela Filial da CVB no Rio de Janeiro.

ESCOLA DE ENFERMEIRAS

Filiais da CVB

 

O processo de criação de filiais da CVB teve início a partir da promulgação da Lei Federal nº 2.380, de 31 de dezembro de 1910, que regulou a existência das Associações da Cruz Vermelha no país, permitindo que elas adquirissem individualidade jurídica.

 

A primeira filial da CVB a ser fundada foi no Estado de São Paulo, em 1912. A segunda, em Minas Gerais, em 1914. Em 1916 foi fundada a Filial do Amazonas e também já estavam reconhecidas as filiais Sírio-Brasileiro (no Estado do Rio de Janeiro), Sergipe, São José dos Campos (SP), Cachoeira (SP) e Santos (SP). Em 1917, fundou-se a Filial de Paraná e no ano seguinte foram fundadas as filiais de Barra do Piraí (RJ) e Cruz Alta (RS), Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Maranhão e Ubá (MG). Infelizmente muitas delas tiveram uma curta duração. Se o impacto da Primeira Guerra Mundial possibilitou a organização de novas filiais, o mesmo processo ocorreu na Segunda Guerra Mundial, em que nos anos de 1941 a 1943 foram fundadas 61 Filiais, sendo 38 no Estado do Rio Grande do Sul.

 

A CVB hoje conta com 18 Filiais Estaduais e 52 Filiais Municipais no Brasil.



Atividades e Campanhas:

 

Tendo como finalidade prevenir e atenuar os sofrimentos humanos, com toda a imparcialidade, sem distinção de raça, nacionalidade, sexo, nível social, religião e opinião política, a CVB, sempre como Sociedade auxiliar dos poderes públicos, sempre se fez presentes, desde a sua fundação, quer em campanhas de saúde pública, quer nas catástrofes naturais.

Dentre as diversas participações em ações de socorros, podemos destacar:

  • Campanhas para os feridos na Guerra do Contestado (1914);

 

  • Atuação na Epidemia da Gripe Espanhola. (1918);

 

  • Cruzada nacional contra a tuberculose (1920);

 

  • Campanhas para as vítimas de terremotos, furacões e outras catástrofes em várias partes do mundo. A população brasileira sempre confiou na CVB como meio de ajudar aos necessitados de outros países, vítimas de grandes catástrofes.  Não foi diferente, em 2004, quando ocorreu a Tsunami na Ásia. Em apenas três meses a Entidade arrecadou e enviou à Cruz Vermelha Internacional USD 705.000,00 dólares e 300 toneladas de donativos, registrada com a maior da América Latina.

 

  • Campanhas para as vítimas de secas, enchentes e inundações: Socorro aos nordestinos flagelados pela grande seca de 1980, que resultou na Operação Nordeste, em quatro fases, e que com contou com o apoio do Movimento Internacional de Cruz Vermelha e órgãos internacionais. Foram distribuídas 124.982 toneladas de alimentos e sementes de feijão e milho a 235.322 famílias, em 70 municípios de quatro Estados. Destacamos ainda as Campanhas SOS Rio e SOS Acre nos anos 80 para as vítimas das enchentes nesses Estados. 

FILIAIS E ATUAÇÕES DA CVB

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